quinta-feira, 29 de maio de 2025

Em vez de educar para a cidadania, porque não educar para a felicidade?

Até onde a leitura de um poema me levou — 2

De que é feito o percurso que nos leva a uma vida feliz? De que é feito o percurso que nos leva ao exercício de uma cidadania plena? E que relação entre os dois percursos?

[...]

A relação entre o conceito de felicidade e o conceito de cidadania é evidente. Não é possível um sem o outro. Confundem-se no mesmo percurso. No entanto, dou a primazia à felicidade. Porquê? Porque a educação para a cidadania não serve de nada, sem o horizonte de uma vida feliz. LER MAIS >>>

sábado, 3 de maio de 2025

A gente lê tudo seguido, não quer saber do verso para nada

Algumas notas sobre a relação da forma com o conteúdo do poema

Daniel Lousada

"A gente lê tudo seguido, não quer saber do verso para nada!", desabafa uma criança, quando desafiada a procurar a voz a dar ao poema "Sem data", de Nuno Júdice. E daqui a pergunta:

Qual a responsabilidade do verso, na escolha da voz (do seu ritmo feito sobretudo de pausas e respirações) com a qual procuramos o sentido do poema? E como passar tudo isto aos alunos? LER MAIS >>>

terça-feira, 29 de abril de 2025

Preconceito de género

Até onde a leitura de um poema me levou — 1

É sabido que a literatura pode ser porta de entrada à exploração dos mais diversos temas. É possível encontrar, algures por aí, o texto que nos serve para início de conversa sobre um tema que elegemos. Por exemplo, com o poema "Não peças", de Lalla Romano (que motivou este texto), é possível abordar o estereótipo de género, que arruma as pessoas em gavetas, e que, em situações limite, pode levar a toda a sorte de preconceitos relacionados com questões de género.

Leio, então, o poema e fixo-me no último verso, ... LER MAIS >>>

quinta-feira, 17 de abril de 2025

A relação entre animação e poética

[Uma relação que pode ser transportada para a escrita]

Quando trabalhava em cinema de animação, uma das técnicas mais comuns — e que aprendi na altura — consistia em não desenhar toda a sequência de forma seguida, do primeiro ao último desenho. Em vez disso, começava-se pelo primeiro desenho, seguido imediatamente do último, e só depois se criavam os desenhos-chave intermédios, que definem os momentos mais importantes da ação. […]

Este método é usado porque permite controlar a estrutura temporal e expressiva da acção desde o início. Ao definir primeiro os extremos — o ponto de partida e o de chegada — o animador estabelece os limites e a intenção global do movimento. Os desenhos-chave intermédios servem para garantir que os momentos cruciais da expressão ou da narrativa estão assegurados. […]

Funciona, portanto, como uma espécie de esqueleto rítmico e expressivo, sobre o qual o movimento completo pode ser construído com precisão e intenção. É uma abordagem que combina economia de trabalho com controlo […]

Tudo isto serve para a escrita. LER TEXTO COMPLETO >>>